sábado, 20 de março de 2010

doce de côco

Fragmento de uma bela poesia de uma bela poeta.


..."as lágrimas me chegam aos olhos
que dó de ti, meu pobre e bom rapaz
mas, tenha fé
que um dia este mundo irá te dar o devido valor
e as mulheres serão doces e puras como o mel
a te darem o mais soberbo e sincero amor
somente para vc, docinho de côco queimado"...

Autora super conhecida... (Kátia Regina)

Desfrute

Eu sou o fruto do teu pecado. Cada curva... O fruto do teu desejo. Sou a doçura da uva. O picante, o azedo. Sou fruto da tua imaginação. Fruto da tua loucura, da tua fúria. Sou o fruto na mão. O deleite na boca. A languidez no teu corpo... Sou fruto fluido. Fruto maduro. Fruto proibido. Sou a maçã rubra lá do alto. Sou fruta gula... Tentação. Fruta carne Nua e crua. Fruta vontade... FrutAção.

(Autor desconhecido)

quinta-feira, 18 de março de 2010

.Pra Você Guardei o Amor - Nando Reis




Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar

O espelho e a obra de arte

De que adianta uma obra de arte se não se consegue enxergar a mensagem do artista?
para que serve um espelho se só conseguimos ver o que queremos?

aquele espelho, pequeno ou grande, todos nós temos um em nossa casa.
pergunte-se como pode o mesmo espelho mostrar várias faces da mesma pessoa?
como pode alguem estar bonito pela manha e feio a noite?

a arte não difere muito, enquanto o pintor se deleita nos pinceis, passando para a tela toda a inspiração da mulher amada, seu interprete pode ver nele angustia, tristeza.

o amor do pintor que é angustiante e sofrido, ou a pessoa que o interpretou que é?

deparamo-nos todos os dias com diversas situações da qual somos espelho para elas
e vemos a vida refletir o que somos.

sempre seremos inclinados a observar algo diante do nosso prisma. De acordo com nossas experiencias pessoais aprendemos a julgar os atos.

ao ler um livro chamado o livro das bruxas é que isso ficou claro pra mim....

o mundo não é o que é, e sim o que eu vejo.

a pulga e o cachorro


enquanto todos os outros cachorros do bairro brincavam na praça,
todos felizes com seus donos, o cachorro vivia solitário trancafiado num
pequeno quintal de uma enorme casa.
sempre que lhe era dada a oportunidade de sair e encontrar os demais cachorros,
ele saía corria, brincava, assustava os vizinhos e transeuntes e depois fazia questão de voltar para sua vida pacata e sem maiores liberdades.
inverno, verão, outono, primaveras, dias, meses e anos preso ali sem nada reclamar,
ou melhor, reclamando muito, porém, sempre retornando à prisão.

Durante mais um dos verões pelo qual o cachorro passou, como já de costume, iniciou-se um surto de pulgas, carapatos e todas aquelas doenças que insistem em voltar como num ciclo.

Seu pequeno corpo virava então uma casa para todos os tipos de parasitas, que sugavam toda sua energia e feriam sua velha pele.

uma dessas pulgas, lider do clãs das pulgas que ali habitavam, após tanto tempo convivendo com o cachorro percebeu que mesmo enjaulado e muitas vezes abandonado,
o cachorro insistia em voltar para casa sempre que conseguir fugir para dar uma passeada.

intrigado com tamanho conformismo do cachorro, a pulga teve a ousadia de perguntar ao cachorro.

-ei, disse a pulga.

coitado do cão, achou que stava ficando doido.

-será que estou ouvindo vozes? (disse ele)

-não, retrucou a pulga, é que estou aqui em sua orelha, eu sou a pulga que tanto testaste expulsar com sua pata. e continuou - não consigo entender você, vive nessa vida, alimentam-te mal, não brincam mais com você, não te levam pra passear, mal te dão banho, e você sempre volta pra cá com esse rabo balançando, gostaria de entender o que te prende aqui.

-é o amor ao meu dono, respondeu o cachorro.

-mais é um besta mesmo, ele não está nem ai para você rapaz, fuja novamente, tens um mundo livre lá fora.

-desculpe dona pulga, mas não posso fazer isso, não devo e hoje, já não quero mais. Prefiro viver com pouco a me arriscar no nada, o mundo lá fora é cheio de armadilhas, é verdade, posso ser muito feliz, mas para que arriscar a uma felicidade incerta se aqui posso ter a segurança do meu dono?

-Realmente, disse a pulga enfurecida, mereces o que tem, preferes acovardar e viver precariamente, a se arriscar por mundo a fora atrás do que sempre quis.

Quando o cachorro já estava deixando se levar pela pulga questionadora, ele simplesmente voltou a si e conseguiu esmagar a pulga com um golpe de sua pata.

pulga: consciência.
cachorro: voCê
quintal: nossa vida
dono: chefe, pai, mãe, esposa(o)
.....

Até quando, se pergunte ?

Fellipe Campos

quarta-feira, 17 de março de 2010

Nando Reis - Quem Vai Dizer Tchau

Quando aconteceu? Não sei.
Quando foi que eu deixei de te amar?
Quando a luz do poste não acendeu
Quando a sorte não mais pode ganhar
Não..
foi ontem que eu disse não..
Mas quem vai dizer tchau?

Onde aconteceu? não sei.
Onde foi que eu deixei de te amar?
Dentro do quarto só estava eu
Dormindo antes de você chegar..
Mas, não..
Não foi ontem que eu disse não..
E quem vai dizer tchau?

A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos sem virar carinho.
Guardar lá dentro amor não impede,
Que ele empedre mesmo crendo-se infinito.
Tornar o amor real é expulsá-lo de você,
Pra que ele possa ser de alguém!

Somos se pudermos ser ainda
Fomos donos do que hoje não há mais.
Houve o que houve é o que escondem em vão,
Os pensamentos que preferem calar,
Se não, irá nos ferir um não
Mas quem não quer dizer tchau.

A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos sem virar carinho.
Guardar lá dentro amor não impede,
Que ele empedre mesmo crendo-se infinito.
Tornar o amor real é expulsá-lo de você,
Prá que ele possa ser de alguém!

Possa ser de alguém
Possa ser de alguém
Ser de alguém!
Às vezes nós fazemos algo esperando ser reconhecidos às vezes dizem ki reconhecem, apenas por palavras, mais faltam atitudes. Não basta simplesmente dizer amar se não se ama de verdade, é muita ingenuidade acreditar apenas em palavras. Mas o nosso coração não se contenta com a razoabilidade da mente, a inquietude dele nos faz acreditar, nos faz querer esse amor, nos faz querer sofrer, a espera da insegurança que a nossa mente condena como certa.

Fellipe Campos

certezas incertas

Vai saber...
eu gosto de acordar cedo, observar
o raiar do sol, as folhas reluzentes de gotas de orvalho
os pássaros cantando de alegria, de mais uma manha que nasce
mais um dia que brota no jardim das certezas incertas
mais um longo dia pela frente, um dia novo, um dia do qual
prevemos, mas, não podemos esperar nada mais
do que o seu fim, para só então despertar novamente

Fellipe Campos

QUANDO UMA ETAPA CHEGA AO FIM

Mais uma do grande "Pessoa"

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....

Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram a certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..

E lembra-te:

“Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"



Fernando Pessoa

segunda-feira, 8 de março de 2010

A casa abandonada



Depois de muito tempo desabitada; depois de tanto tempo habitada por tantas famílias, a chuva, o sol, o vento deixaram-na em ruínas.
É bem verdade que muitas histórias ali aconteceram, muitos bons momentos de amor, amizade, companheirismo, bem como, tristezas, brigas, verdadeiros massacres aconteceram naquela simpática residência.
O lar tem várias funções, proteger do sol em dias quentes, proteger da chuva em dias frios, serve como refúgio para nosso problemas, serve como repouso para nossas fadigas; mas aquela casa, aquela pequena porém agradável casa tinha algo diferente, algo que nenhuma outra casa possuía.
A velha casa, hoje abandonada, se diferenciava das outras por um único motivo, ela de alguma forma mistica talvez conseguia sugar a energia ruim das pessoas que ali estavam e lhe davam outras puras e renovadas energias.
Nunca tinha parado para entender como é que depois de coisas horrendas que aconteciam ali, logo tudo voltava ao estado normal, parecia inabalável a energia que a pequena e calorosa casa transmitia. Acontece que nada é de graça na vida, e não estou aqui a falar de pecúnia, falo do preço que pegamos sempre que fazemos algo, é como o velho dito onde não se faz nada para os outros, bem ou mal, fazemos para nós mesmos.
Vamos abrir um breve parentese para explicar melhor esse dito (quando fazemos um pequeno gesto de caridade, de amor, de amizade, muito embora achemos que estamos fazendo para o outro, nós estamos emitindo boas energias e fazendo com isso que o espelho do mundo reflita-as para dentro de nós. Diferente não é quando fazemos coisas ruins, por exemplo, quando traímos a confiança de alguem amado, ora, é claro que o outro vai sofrer por te-la traído, entretanto, somos nós mesmos que estamos nos traindo, afinal traímos nosso foro intimo, traímos nossa honra, aquela honra que só nós mesmo podemos mensurar)
Pois bem, por ser esse imã poderosíssimo a casa acabou atraindo muitas energias boas e ruins, as boas ela devolvia para os transeuntes que ali moravam e sugava as ruins em troca sem nunca tê-las colocado para fora – seu pior erro.
O tempo passa e nem mesmo os mais fortes pilares da pequena casa conseguem suportar tanta energia ruim, tanto peso dos outros, foi quando começou a ruir. Era difícil imaginar como uma casa tão bela apesar de pequena poderia começar a apresentar falhas estruturais tão inconsertáveis, janelas começavam a cair e algumas nem mais abriam, rachaduras ameaçavam o teto, o piso era devorado pelos cupins, ninguém mais queria ali morar, ninguém poderia.
A pobre e burra casa começou a pagar seu preço por ter sido tão boa para os outros esperando algo em troca, não se preocupava ela em fazer de coração, queria fazer o bem em troca de uma nova pintura de um novo piso, quem sabe até um portão.
Mas, não se pode julga-la afinal teria sido da mesma forma se não tivesse feito com interesse, apenas sentiríamos pena dela por ter sido vítima do maior mal que nós seres Umanos carregamos em nosso âmago, a ingratidão, não absoluta mas predominante em nossas vidas.

Fellipe Campos (Rabiscos de uma escrivania)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Sobre os vultos sinuosos desta manhã cinzenta, após sonhar eternamente na noite até o dia amanhecer, deleito-me com o poder de um ser impetuoso.
Malgrado tenhas forças para sobrepor as coisas horrendas que a armadilha esconde, energias são perdidas em vão no momento do seu ápice.
Vais e vem; preparai-vos espiritualmente para as adversidades que apareceram diante de ti.
Chegai, chego, cheguemos a uma paz interior, uma paz sem que os desejos mundanos sejam igualmente atraentes, uma paz de espírito inabalável, transcendental.
Como podemos nos desligar e esquecer do poder divino?
De nada seria o homem se não tivesse no que acreditar, no que ter fé. Nós …......