sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Paixão e Emoção.
segundo Nélson Hungria,
“a emoção é uma descarga nervosa subitânea, que por sua breve duração, se alheia aos plexos superiores que coordenam a conduta ou não atinge o plano neopsíquico de que fala Patrizi. A paixão é, por assim dizer, a emoção em estado crônico, perdurando surdamente como um sentimento profundo e monopolizante (amor, ódio, vingança, fanatismo, despeito, avareza, ambição, ciúme). A emoção dá e passa; a paixão permanece alimentando-se de si própria. Mas a paixão é como o borralho que a um sopro, volta a ser fogo crepitante, retornando a ser estado emocional agudo”
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Homenagem à Ademar Ferreira...
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Iniciação...
Antologia poética (6)...
Não cobiço nem disputo os teus olhos
não estou sequer à espera que me deixes ver através dos teus olhos
nem sei tão pouco se quero ver o que vêem e do modo como vêem os teus olhos
Nada do que possas ver me levará a ver e a pensar contigo
se eu não for capaz de aprender a ver pelos meus olhos e a pensar comigo
Não me digas como se caminha e por onde é o caminho
deixa-me simplesmente acompanhar-te quando eu quiser
Se o caminho dos teus passos estiver iluminado
pela mais cintilante das estrelas que espreitam as noites e os dias
mesmo que tu me percas e eu te perca
algures na caminhada certamente nos reencontraremos
Não me expliques como deverei ser
quando um dia as circunstâncias quiserem que eu me encontre
no espaço e no tempo de condições que tu entendes e dominas
Semeia-te como és e oferece-te simplesmente à colheita de todas as horas
Não me prendas as mãos
não faças delas instrumento dócil de inspirações que ainda não vivi
Deixa-me arriscar o barro talvez impróprio
na oficina onde ganham forma e paixão todos os sonhos que antecipam o futuro
E não me obrigues a ler os livros que eu ainda não adivinhei
nem queiras que eu saiba o que ainda não sou capaz de interrogar
Protege-me das incursões obrigatórias que sufocam o prazer da descoberta
e com o silêncio (intimamente sábio) das tuas palavras e dos teus gestos
ajuda-me serenamente a ler e a escrever a minha própria vida.
Ademar
Junho.2000
publicado em Descansando do Futuro (Reserva de Intimidade), Asa, 2003
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Amor e Paz?
Perguntei se convivem os dois, a paz cultiva o amor, e depois o que faz?
de que adianta a paz se não se tem amor? que amor? que paz?
O amor é inquietude, querer bem ou não querer para o bem.; A paz é o instrumento do amor, mesmo quando não o tem.
Abir mão do amor por um pouco de paz, gesto nobre ou insano, razão nenhuma faz.
Se não se controla o amor, paixão talvez possa ser;
Falta lhe paz, de um lado e do outro, razão de viver.
A paz, faz, refaz, lhe traz, conforta, a paz!
(fragmentos)
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
O medo e a esperança
Mais forte que um, a outra se revela;
Uma chama, uma força, algo há que só vem dela.
Uma estrada que nos leva ao que queremos e ele a permeia;
A certeza do que está do outro lado é o que motiva, instiga, só ela semeia.
Um misto de fé, de motivação, de querer;
Ao contrário dele, que acorrenta e amedronta, faz pensar em não querer.
Numa luta incessante, uma fagulha dela incendeia um mundo dele;
Mas ele permanecerá, porquê ela também não vive sem ele.
Diziam, pois, que limites como ele são, meramente, uma ilusão.... (Fragmento)
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