quinta-feira, 18 de setembro de 2014

A camponesa e o espelho.

Certo dia uma jovem camponesa vivia se perguntando se um dia, em algum reino encontraria o seu príncipe, o seu amor tão sonhado. A jovem era cheia de amor, vivia intensamente cada acontecimento da sua vida, se entregava completamente para os serviços domésticos, mas não abria mão das festes de baile que ocorriam nas aldeias daquele lugarejo. Tal como o nascer do sol cortando as nuvens, seu sorriso encantava a todos que com ela conviviam, sua alegria de viver contagiava a todos, contudo, a jovem nunca tivera sorte na procura pelo homem da sua vida. Passaram-se anos e a alegria da jovem se transformou em amargura, não conseguia entender por qual motivo ainda continuava sozinha, onde estaria o "problema". A tristeza era notória, apesar de ter se doado por toda um vida, ter atraído tantos olhares, nenhum deles conseguia fisgar o seu amor. Foi então que a jovem começou a se trancar, o seu sorriso até então estonteante agora tinha dado lugar a um mal humor horrendo, até que um dia, ela se deparou com um espelho, com o espelho. Igualmente machucado e desacreditado da vida, surgia para ela um camponês, calejado de experiências infrutíferas, tomado de amargura. Desde então, se aproximaram, horas e horas de momentos de convivência, compartilhavam dias, sorrisos e histórias, difícil não reconhecer alguma sintonia, elo evidente. Contudo, a jovem já tão machucada não se permitia amar, não queria amar, havia esquecido como amar, contentava-se em poder ao menos ter com quem dividir momentos, tinha medo de caminhar, seguir em frente. O reflexo do ca....Frag... A imagem de si pode ser assustadora, quando não reconhecemos nossos erros, quando não queremos reconhecer.

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