Inconformismo, rotina, ansiedade, motivos tantos levam a uma busca compulsiva pelo novo; nunca se está contente com o que se tem, sempre se quer mais, muito mais.
As relações sociais refletem um pouco desse individualismo sem freio que se prega e se vive no hoje. Algo paradoxal que magnetizava apenas os jovens, agora passa a fissurar também os mais experientes.
No passo em que a facilidade de comunicação fica a um clique, permitindo que as informações e notícias circulem com agilidade, torna-se o usuário um escravo do sistema. A necessidade compulsiva de fazer parte de todas as redes sociais para ser aceito no meio em que se vive gera no cidadão um vício incontrolável para estar constantemente “atualizando” seus perfis e se manter atualizado da vida alheia.
Os internautas das redes sociais sentem uma necessidade de se expor cada vez mais, mostrando fotos de suas atividades, publicando informações de sua rotina, enfim, deixando totalmente aberto o livro de suas vidas, trazendo riscos para si e para sua família. Já não bastasse estarem em casa presos sem corrente a uma tela de computador, utilizam-se do serviço móvel para a todo instante e a todo lugar permaneceram conectados.
Não se pode negar as benéficas vantagens que o uso sadio da internet traz à vida do cidadão, contudo, quem estabelece a quantidade necessária?
Consequência lógica se dá ao se ver mais e mais jovens com dificuldade de conviver em grupo, jovens que vivem no mundo virtual e acabam perdendo alguns dos simples porém cruciais valores da vida em grupo.
Difícil saber como isso vai acabar, enquanto isso, prefiro me filiar aos que resistem às modernidades inúteis, aos que não precisam de mascaras virtuais para a viver em sociedade.
Um bom aperto de mão e um sorriso ainda são mais úteis que um scrap.
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